Coronavírus: como ele impactou a hotelaria e turismo no mundo?

Pessoas de todo o mundo estão vivendo de uma maneira bem diferente do que costumam há alguns meses atrás, quando o novo coronavírus apenas começava a dar seus primeiros sinais. Ele já era conhecido da ciência desde 1960, mas uma recente mutação transformou-o em uma ameaça inesperada, que se alastrou com velocidade, vitimizando milhares de pessoas. Agora o que vemos são as ruas vazias e uma apreensão crescente. E tudo o que podemos fazer para combater e evitar uma tragédia ainda maior é nos comprometermos ao isolamento social.

Por isso é inevitável: muitas indústrias dependem da circulação de pessoas, do contato e da interação. Assim, o impacto do coronavírus no turismo mundial é inquestionável. Hoteis e companhias aéreas são apenas alguns dos exemplos daqueles que mais são atingidos e que sofrem danos imediatos.

Impactos da crise do coronavírus

O panorama geral é este: tão logo as primeiras notícias de que o covid-19 havia chegado a mais países, eventos começaram a ser cancelados, as aglomerações passaram a ser dispersadas, estabelecimentos foram fechados e diversas outras medidas de caráter emergencial vieram à tona.

No que diz respeito aos setores de Turismo e Hotelaria, feiras tradicionais que acontecem na primeira metade do ano tiveram de ser adiadas. E, em vista do aviso de quarentena estabelecido pelas autoridades, hotéis, resorts e os mais variados tipos de estabelecimentos de hospedagem fecharam suas portas por tempo indeterminado.

Apenas serviços considerados essenciais (como supermercados ou farmácias) possuem autorização para permanecerem em funcionamento. Os demais prestadores de serviço devem ficar em suas casas.

Taxa de ocupação: estudo feito pela HotelInvest

A HotelInvest, empresa referência em consultoria hoteleira, realizou um estudo sobre o impacto do coronavírus na hotelaria brasileira. Tendo como foco as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, as quais apresentam maior número de casos.

O estudo reafirma a gravidade da situação e aponta, entre diversos aspectos, a queda de demanda que ocorrerá nos meses que estão por vir. Consequentemente, muitos hotéis fecharão suas portas em curto prazo, outros conseguirão fechar apenas temporariamente para limitar perdas e a taxa de ocupação será de aproximadamente 5% nos próximos 2 meses.

Referente à previsão de ocupação anual, os resultados são de uma média de 35% em São Paulo e de 45% no Rio de Janeiro. É preciso lembrar, no entanto, que, segundo os dados, a recuperação deve começar a partir de julho, de modo a crescer até o mês de dezembro.

Apoio governamental durante o surto de coronavírus

Assim sendo, diante da inevitabilidade da situação, o apoio do governo passou a representar para toda a população uma questão fundamental. De modo que as próximas semanas, ou meses, sejam marcados não pelo agravamento da crise, mas pela sua superação. Ainda que esta venha com grande esforço.

Por isso, após ser decretada pelo governo a Medida Provisória 927, a qual diz respeito às “medidas trabalhistas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Coronavírus”, as principais entidades do setor do turismo divulgaram uma carta aberta questionando a solução apresentada. Afinal, segundo explicitado pela carta, a indústria do turismo, diferente das demais, para por completo. Logo a medida provisória, que sugere a diminuição das jornadas de trabalho, dos salários ou a possibilidade de se trabalhar em casa, não surtiria qualquer efeito sobre o setor.

A carta divulgada faz, ainda, uma previsão caso nada efetivo seja feito:

“Os setores representados pelas associações hoteleiras e de parques do Brasil, Resorts Brasil, ABIH, FOHB, FBHA, BLTA, Sindepat, Adibra e Unedestinos reafirmam: as empresas não suportam este impacto financeiro, não é prejuízo, é falência iminente e supressão imediata dos empregos deixando de movimentar R$ 31,3 bilhões na economia brasileira.

Nossa luta é para manter mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Se países como França, Espanha, Portugal, Itália, Estados Unidos, Argentina, Uruguai adotaram medidas imediatas para manter empregos e salvar a economia do turismo, o Brasil deve fazer o mesmo. Se não o fizer, a recessão levará ao caos completo com desemprego e violência, nada menos de 4 milhões de pessoas impactadas”.

Desse modo, o apoio do governo é imprescindível durante a crise do coronavírus, uma vez que sem auxílio, muitos hotéis serão condenados à falência. O que terá repercussão sobre toda a economia nacional.

Solidariedade em tempos de crise

Momentos difíceis como os que estamos vivendo não dão espaço somente a preocupação e a tensão. É importante falarmos também da solidariedade. A verdadeira responsável por nos ajudar a superarmos a crise em conjunto.

Então, ainda que as dificuldades enfrentadas pelas redes de hotéis sejam preocupantes, deixamos aqui nossa profunda gratidão àqueles que podem destinar seus espaços para atender aos infectados pelo novo coronavírus. Como, de fato, muitos estão fazendo.

Sabemos que toda a ajuda representa muito para cada vida neste momento. Principalmente por causa da dificuldade de se atender a todos com apenas o que já se tem. Em vista disso, reforçamos a necessidade de se respeitar o aviso de quarentena! Contamos com a sua colaboração também!

Todas as informações contidas neste artigo foram retiradas da edição de abril da Revista Hotéis. Caso você esteja interessado em ter acesso às informações completas, basta clicar aqui.